Se a passada semana, foi uma semana cheia de emoções menos boas, com preocupações a nível familiar e pessoal este fim de semana trouxe-me a paz que eu precisava. No meu seio familiar, na minha casa, com toda a simplicidade deixo os dias e as horas decorrerem ao seu ritmo e é justamente nesta calma que dou graças a Deus por ter saúde e ser alguém de valor. Gostar de nós é tão importante para conseguirmos ultrapassar as nossas feridas internas, os nossos receios, as nossas sombras. Na minha vida não há espaço para rancores, para má fé, para zangas, para medo. O mundo não é perfeito, nós também não, por isso existe o perdão e é quando perdoamos ou pedimos perdão com o coração, que podemos seguir em frente, mais leves. Na vida não podemos obrigar a que todos gostem de nós, a dizer sim para agradar, a sorrir quando não temos vontade. Na verdade só temos de ser verdadeiros para connosco e isso não quer dizer que sejamos más pessoas, ou que a outra pessoa também o seja. Por vezes, existem incompatibilidades e maneiras de estar e ver diferentes e está tudo bem. Nem eu sou obrigada a identificar-me com alguém, nem alguém o é comigo. E simplesmente seguimos caminho nem que seja sozinhos, que aos poucos encontraremos as pessoas com as quais nos identificaremos.
Desde o confinamento eu passei a ter menos tempo disponível para a minha criatividade, para os meus passeios de contemplação, que é muito do que inspira os meus dias. Digamos que é mesmo a minha terapia ou meditação. A minha vida doméstica sobrepôs-se totalmente a tudo o que eu fazia antes da pandemia e passei a ficar sem tempo para fazer tudo. Passei a dormir mal, a ficar mais ansiosa, mais cansada. O meu marido passou a estar mais tempo em casa, enquanto eu perdia o negócio em março. É difícil, chegar a meio do mês e fazer esticar um orçamento, é difícil nos habituarmos a não fazer escolhas, porque simplesmente não temos oportunidade de escolher e é mais difícil ainda, quando somos pais e nos privamos. Porém, apesar de a vida me mostrar este lado mais incerto e menos bom, a vida deu-me oportunidade de reflectir e é no meio destes momentos de privação que eu sou grata, muito grata e feliz com o "menos" que possa ter. É também no meio desta incerteza que a pandemia me deu espaço para no meio dela encontrar paz no meio do desespero que vemos acontecer.
Se há coisa que me aborrece por vezes é a falta de tempo para fazer o que gostaria, de resto está tudo bem. E está tudo melhor quando: tenho uma casa para viver, quando tenho a família com saúde, quando acordo ao lado de quem amo, quando o meu filho traz tão boas notas, quando falo com os meus pais, quando fazemos um lanche, quando tenho o suficiente para os meus dias, quando escrevo no meu blog e tiro fotografias bonitas, quando vejo o lado positivo das coisas, etc...
uff... foi uma semana em que muitas coisas desabaram em cima de mim e me vi abalada e quase me deixei ir numa maré de negativismo, mas felizmente libertei-me. Gostar de nós é a base da nossa felicidade, acreditar e ter fé o principal.
Bom dia Márcia. Encontrei o teu blog por acaso e gostei muito do que aqui li. Identifico-me com muito do que li neste post. Ainda hoje o meu post no Bluestrass vai um pouco ao encontro do que aqui escreves.
ResponderEliminarApesar de todas as contrariedades, temos todos os dias agradecer por mais um dia.
Beijos e abraços.
Sandra C.
Bluestrass
Gostar de nós é sem dúvida o principal. E apesar de doer, as coisas más que nos acontecem servem sempre para aprendermos algo.
ResponderEliminarO importante é não ficar agarrada ao negativo e andar para a frente, porque as coisas melhoram sempre.
Beijinhos e boa semana para ti ♥
Marta
https://pitinhosdamarta.blogspot.com/