Azeitão, é muito mais bonita no outono e no inverno e eu sinto-me feliz, privilegiada e agradecida por poder voltar a morar na terra onde a minha mãe nasceu, onde me lembro de visitar tantas vezes os meus avós maternos e onde nunca imaginaria um dia viver com a minha família.
Voltar para cá, implicou alguns sacrifícios, mas voltarei a falar deles mais tarde.
Todas as manhãs Azeitão acorda submersa numa bruma gigante de neblina. Do céu cai lentamente humidade, como se fosse chuva, não sendo. A descoberto ficam as teias de aranha que se escondem em dias de sol e calor. Os campos ficam molhados e frescos. E tudo fica verde! Este imenso verde que tanto gosto! Eram 8 da manhã quando entrei no carro, mal se via estrada e caminho. Parei e encostei o carro; o ar era fresco e limpo, cheirava a terra molhada e no meio disto nem um som, um silêncio único, interrompido apenas por algum pássaro que passava fazendo-se anunciar. Eu ali, sozinha no meio das árvores, do verde, das bagas, com os pés assentes na terra cor de barro, perante a paisagem que conheço, que desejo e que atrai os meus sentidos e não me deixa ficar indiferente.
Gosto tanto de ti, Azeitão!
Não precisa ser em Azeitão, mas gostava tanto de morar em um lugar assim...
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